PADRONIZAÇÃO DO TESTE DE CRISTALIZAÇÃO E QUALIDADE DA LÁGRIMA EM CÃES DA RAÇA SHIH TZU
TALITA DE CAMPOS MELO TONET , Prof. Dra. Mirian Siliane Batista de Souza
Data da defesa: 27/05/2024
Os cães braquicefálicos, como os Shih Tzu, têm predisposição à síndrome ocular do braquicefálico e a ceratoconjuntivite seca que é uma doença inflamatória ocasionada por alterações qualitativas e/ou quantitativa na produção da lágrima. A padronização da lágrima é avaliada em animais saudáveis como em animais com ceratoconjuntivite seca. O teste de cristalização (TC) é padrão ouro para diagnóstico dessa afecção, porque mensura, indiretamente, a osmolaridade do filme lacrimal pré-corneal (FLPC). O teste de Schirmer (TS) é utilizado para avaliar a porção aquosa da lágrima e o Tempo de Ruptura do Filme Lacrimal (TRFL) indica a deficiência indireta de mucina. A avaliação da qualidade e quantidade da lágrima e a padronização da técnica de cristalização da lágrima em cães sadios da raça Shih Tzu na rotina clínica, foram estudadas como possibilidade do diagnóstico precoce, para evitar o comprometimento visual nestes animais. Para isso, foram estudados 46 cães da rotina clínica considerados assintomáticos. Os animais tinham entre um e 13 anos de idade e correspondiam 23 machos e 23 fêmeas. O objetivo foi observar se as características de idade, sexo e estado reprodutivo poderiam interferir na produção e qualidade da lágrima, quanto no teste de cristalização e verificar se as alterações encontradas nos exames clínicos eram unilateral olho direito e esquerdo ou bilateral. Como critério de exclusão os cães que apresentaram olhares amedrontados, tremores pele, inquietação, não aceitavam o manuseio, tentavam morder ou fugir; foram dispensados seguindo os critérios de bem estar animal os demais animais foram submetidos a uma consulta oftalmológica, portanto, foram mantidos em local com ambiente ventilado e temperatura e a umidade mensurado por aparelho Termo Higrômetro, no qual foram avaliados quanto a quantificação da lágrima pelo TS com uma fita de papel filtro no fórnice conjuntival, avaliação TRFL com a luz de cobalto e TC escala de Rolando (1984). A análise estatística tem confiança de 95%, os testes realizados foram de Shapiro-wilk, Levene, teste T e Teste de Fisher para avaliar a qualidade da lágrima e a padronização da Cristalização da lágrima, foi realizado teste de correlação de Pearson e V de Cramér. O valor médio encontrado para o TS foi 20,17 ± 7,25 mm/min e para o TRFL foi 15,90 ±7,7 seg e para o TCL foi do tipo 2,37 ±1,39. Observou-se anormalidade para TS olho direito para animais jovens (12 a 18 meses) e TRFL olho esquerdo em animais jovens e bilateral (olho direito e esquerdo). No teste de Levene não houve homogeneidade em TS X Idade, p-valor: 0,03936. Conclui-se que a idade interfere negativamente na qualidade da lágrima, o TRFL mesmo com luz de cobalto e lupa de pala em aumento de 3,5 x é menor nos Shih Tzu que em demais raças de cães. Os animais que têm TS e TRFL dentro da normalidade nem sempre terão a cristalização Tipo I ou Tipo II. No TCL, a umidade e a temperatura ambiente interferem no tempo e grau de cristalização moderadamente. É possível a implantação do Teste de Cristalização na rotina clínica, para prevenção e qualidade da saúde ocular dos cães.
PARÂMETROS HEMATOLÓGICOS E BIOQUÍMICOS ASSOCIADAS A GATOS NATURALMENTE INFECTADOS PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA VIRAL FELINA (VIF)
JÉSSICA CHAGAS DOMINGUES MENCK , Prof. Dr. Marcelo de Souza Zanutto
Data da defesa: 26/02/2024
O objetivo desde trabalho foi correlacionar alterações hematológicas e bioquímicas em gatos naturalmente infectados pelo vírus da imunodeficiência felina e aqueles não infectados. Por meio de um estudo retrospectivo, 405 gatos testados para o vírus da imunodeficiência viral felina (VIF) foram selecionados para análise da associação entre as alterações hematológicas bioquímicas e a positividade no teste imunoenzimático. Variáveis individuais, hematológicas e bioquímicas foram consideradas para verificar a influência dos resultados utilizando análise de regressão logística univariada e multivariada. Um total de 38 de 405 gatos avaliados foram reagentes para VIF (9,4%) e 370 foram não reagentes (90,6%). A análise multivariada detectou uma associação significativa entre a infecção pelo VIF e a idade adulta de 1 a 6 anos de idade (P=0,04) e sem raça (P=0,0001). Gatos machos foram mais predispostos a serem reagentes para VIF (P=0,001). Com base nas alterações bioquímicas, gatos reagentes para VIF possuem maiores chances de apresentarem hipoalbuminemia que os gatos não reagentes. Foi possível identificar significância em VCM, CHCM, hemácias, hemoglobina e plaquetas, em que os gatos apresentaram tendências a valores menores quando comparados com os gatos negativos, exceto VCM que estava aumentado. A identificação das características associadas à infecção relacionados ao perfil do animal e a correlação com os distúrbios hematológicos e bioquímicos que se encontraram próximos aos limites inferiores dos valores de referência, pode ser útil para detecção da infecção pelo VIF em gatos.
AVALIAÇÃO DA PRESSÃO INTRAOCULAR POR TONOMETRIA DE REBOTE EM CÃES SUBMETIDOS A TRÊS PROTOCOLOS ANALGÉSICOS DIFERENTES
CAMILA DA COSTA GOMES , Prof. Dr. Guilherme Schiess Cardoso
Data da defesa: 29/02/2024
A avaliação da pressão intraocular (PIO) é um importante teste diagnóstico na oftalmologia veterinária para identificar diversas alterações oculares. Vários fatores podem interferir nas medidas dessa variável, incluindo os medicamentos utilizados para analgesia. Objetivou-se avaliar a PIO após administração sistêmica de fentanil, metadona ou mofina, estabelecendo possível correlação da mesma com alterações na pressão arterial sistólica (PAS). Foram utilizados 18 cães hígidos, submetidos a procedimento de profilaxia dentária, os quais foram alocados aleatoriamente em três grupos de acordo com o tratamento analgésico experimental: 5 g/kg de fentanil IM (FT), 0,3 mg/kg de metadona IM (MT) ou 0,5 mg/kg de morfina IM (MF). A PIO foi avaliada com tonômetro de rebote Tonovet plus® e a PAS com doppler vascular DV 610V MedMega® antes e após a administração dos analgésicos nos momentos 10, 20 e 30 minutos. Na ocorrência de algum efeito adverso como êmese, a PIO e PAS foram aferidas imediatamente após o efeito. Para análise estatística foram utilizados o esquema fatorial 3x2 por meio do teste de Tukey (5% de probabilidade) e teste não paramétrico qui-quadrado por meio do programa RStudio®. Para a análise de correlação entre a PIO e PAS foi utilizado o coeficiente de relação de Pearson pelo programa Python®. Observou-se que a morfina causou aumento na PIO, especialmente no momento T5, após o efeito adverso que foi observado apenas no grupo MF. Não foi observada alteração estatística significativa da PIO nos grupos MT e FT. Em relação à PAS o grupo FT resultou em aumento da PAS após 30 minutos. Não foi encontrada correlação entre os valores de PAS e PIO entre os grupos. Conclui-se que a administração de fentanil e metadona não alterou a PIO, sendo que a administração de morfina pode elevar a PIO, podendo este efeito estar relacionado a presença de episódios de êmese.
AVALIAÇÃO DAS ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS DE CÃES SUBMETIDOS A ESPLENECTOMIA TOTAL COMO FATOR PROGNÓSTICO
BRUNO DOS SANTOS GUSMÃO , Profª. Dra. Mirian Siliane Batista de Souza
Data da defesa: 15/10/2024
Foi apresentado ao Programa de Pós-graduação Mestrado Profissional três produtos separados por capítulos e formatados nas normas das revistas para submissão: produto técnico bibliográfico: revisão de literatura (padronizado nas normas da Revista Clínica Veterinária), artigo científico (normas da Revista Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia) e artigo científico relato de caso (normas da revista Medicina Veterinária UFRPE). Lesões esplênicas são comuns em cães, podendo ser de origem benigna ou maligna. A prevalência de lesões esplênicas benignas, com diagnóstico histopatológico, representa alta frequência em cães. A diferenciação de lesões benignas e malignas no pré-operatório, representa um desafio. Estudos na Medicina Humana e Veterinária com outros tipos de tumores, demonstram que os biomarcadores inflamatórios podem auxiliar no prognóstico dos pacientes. O objetivo do presente estudo foi avaliar o fator prognóstico das alterações hematológicas como fator prognóstico. Foram avaliados trinta e três prontuários médicos de cães submetidos a esplenectomia total, as lesões benignas não neoplásicas representaram maior número de casos comparado aos tumores malignos. Pacientes com anemia, desvio a esquerda e lesões maiores que 3 cm (p<0,05), tiveram um aumento nas chances de apresentar lesão maligna.
Índice de distensibilidade e colapsabilidade da veia cava caudal em cães braquicefálicos nos diferentes graus de braquicefalia.
AMANDA GARCIA YOUSSEF , Prof. Dr. Fábio Nelson Gava
Data da defesa: 23/02/2024
A síndrome braquicefálica refere-se a uma combinação de anormalidades anatômicas e funcionais das vias aéreas superiores. A veia cava caudal é uma grande veia que retorna o sangue desoxigenado ao coração, portanto, sua distensibilidade e colapsabilidade fornecem informações importantes sobre a função cardíaca e o volume sanguíneo circulante. A avaliação do diâmetro da veia cava caudal (VCC) e dos índices de colapsabilidade (IC) e distensibilidade (ID) são ferramentas que têm sido grandes aliadas na avaliação do status volêmico dos pacientes, entretanto valores de normalidade são escassos, ainda mais em relação a cães braquicefálicos. Sendo assim, objetivou-se a avaliação dos índices de distensibilidade e colapsabilidade da VCC nos diferentes graus de braquicefalia em cães. O estudo foi composto por 20 animais no grupo experimental (braquicefálico) e 10 animais no grupo controle (mesocefálicos), o grupo experimental foi classificado quanto a síndrome braquicefálica em grau 0,I,II e III, obtendo um total de cinco animais grau 0, nove animais grau I e quatro animais grau II. Realizou-se a avaliação da veia cava caudal pelo acesso subxifóide em modo M, capturados picos inspiratórios e expiratórios e subsequente mensuração dos valores máximos e mínimos durante três ciclos respiratórios e aplicados nas fórmulas (IC: VCCmax – VCCmin / VCCmax e ID: VCCmax – VCCmin / VCCmin). Quanto à análise estatística os dados foram submetidos ao teste de normalidade de Shapiro-Wilk e teste de homogeneidade de variâncias Levene. Para a avaliação entre os diferentes graus de braquicefalia foi realizada a análise de variâncias (ANOVA). As análises estatísticas foram realizadas com o software Jamovi® versão 1.6.23. Os resultados demostraram que os índices de ID e IC no grupo experimental são maiores quando comparados ao grupo controle, e quando os índices foram avaliados em relação aos diferentes graus de braquicefalia o ID e IC nos cães classificados na síndrome como grau 0 obtiveram diferença estatística em relação ao grupo controle (p=0,020 e p=0,005 respectivamente) e o ID nos cães classificados como grau I também demonstraram diferença estatística (p=0,010) em relação ao grupo controle. Concluise que os índices de distensibilidade e colapsabilidade da VCC são maiores em cães braquicefálicos do que nos animais mesocefáliicos, e que quanto maior o grau de braquicefalia menor será o índice de distensibilidade e colapsabilidade da VCC.
AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DO DIÓXIDO DE CLORO: DESCONTAMINAÇÃO DA SUPERFÍCIE DE OVOS E EXPOSIÇÃO EM AMBIENTE DE INCUBATÓRIO
WANDINALVA DA SILVA TEIXEIRA COSTA , Profa Dra Ana Angelita S. Baptista
Data da defesa: 23/11/2023
A fumigação empregada em ovos férteis com vapores de paraformaldeído apresenta alta eficiência de descontaminação da superfície da casca dos ovos e baixo custo para a atividade. Todavia o paraformaldeído é irritante para o trato respiratório e apresenta expressiva atividade teratogênica e carcinogênica representando um risco para a saúde dos trabalhadores. Em decorrência disso, a busca por alternativas ao paraformaldeído é necessária e urgente. O objetivo do estudo foi avaliar a efetividade do dióxido de cloro em inibir microrganismos contaminantes da casca do ovo e avaliar as alterações histopatológicas nas traqueias dos pintainhos submetidos a exposição ao dióxido de cloro durante o processo de eclosão dentro do incubatório. Para tanto foi realizado experimento in vitropara a avaliação da descontaminação da superfície da casca foram utilizados 54 ovos comerciais de galinha (Gallus domesticus) distribuídos em três grupos: T1 = Ovos contaminados por Escherichia coli patogênica para aves - APEC - LMA046 (Controle Positivo); T2 = Ovos contaminados por APEC e descontaminados com dióxido de cloro (100ppm/m3) e T3 = Ovos contaminados por APEC e descontaminados com paraformaldeído (6g/m3), para cada grupo foram seis repetições, e cada repetição formada por três ovos, totalizando 18 ovos por tratamento. Os ovos foram expostos aos tratamentos por 30min. Na sequência realizou-se a recuperação bacteriana com diluição e plaquemento em ágar MacConkey suplementado com Ácido Nalidíxico e Rifampicina (100ug/mL). Foi realizado um Experimento in vivo com os tratamentos: T1 – Controle (pintainhos não expostos a nenhum descontaminante ambiental; T2 – Pintainhos expostos ao dióxido de cloro; T3 – Pintainhos expostos ao paraformaldeído, as aves foram expostas aos tratamentos por 72h e posteriormente seis aves por tratamento foram selecionadas ao acaso, eutanasiadas e coletados traqueia e pulmão, os órgãos foram fixados em formalina tamponada (10%) seguido de processamento histopatológico. O ensaio foi realizado em triplicata. Verificou-se que no tratamento controle (T1), a média de contaminação foi de 8,26 Log UFC/mL diferindo significativamente de T2 -dióxido de cloro e T3 - paraformaldeído com média de 0,90 e 0,74 Log UFC/mL, respectivamente. Não foi observada diferença significativa entre Dióxido de Cloro e paraformaldeído na descontaminação da superfície da casca dos ovos. Na avaliação histopatológica das traqueias de pintainhos submetidos ao tratamento com paraformaldeído(T3) foram encontradas descamação ciliar, infiltrado linfocítico, perda ciliar e de necrose já na avaliação dos pintainhos submetidos a fumigação com dióxido de cloro não foram observadas lesões. Conclui-se que o dióxido de cloro foi efetivo na descontaminação de cascas de ovos contaminados experimentalmente por APEC e não proporcionou lesões na traqueia das aves expostas ao produto indicando ser um candidato a substituir o paraformaldeído nas condições avaliadas.
COMPARAÇÃO BIOMECÂNICA POR COMPRESSÃO AXIAL DE PLACAS “T” EM AÇO E TITÂNIO
RAFAEL BATATINHA ROCHA , Prof. Dr. Fernando De Biasi
Data da defesa: 20/11/2023
O objetivo deste estudo foi realizar a comparação biomecânica por meio da compressão axial de duas configurações em aço e titânio. Placas com conformação em T foram fixadas em corpos de prova de poliuretano. Para o ensaio, foram utilizadas 12 montagens sendo seis com placas de titânio e seis com placas de aço. As placas foram posicionadas e fixadas aos corpos de prova com uma perda óssea mimetizada de 15 mm. Para a determinação das cargas as montagens foram testadas até que ocorresse a falha. As variáveis computadas foram a rigidez (N/mm), carga no limite elástico aparente (N), deslocamento no limite elástico aparente (mm), carga no pico (N) e deslocamento no pico (mm). Após os ensaios foi possível observar de forma macroscópica, o encurvamento de todos os implantes estudados, de titânio e aço e o deslocamento parcial dos parafusos. Estatisticamente, concluiu-se que o aço foi mais resistente para as forças compressivas do que o titânio.
ANÁLISE E COMPARAÇÃO DA COMPRESSÃO AXIAL DESTRUTIVA DE MONTAGENS COM PLACA DE AÇO OU TITÂNIO EM MODELO DE FALHA ÓSSEA
PATRÍCIA RODRIGUES CORREIA , Prof. Dr. Fernando De Biasi
Data da defesa: 27/11/2023
O presente trabalho teve como objetivo avaliar as propriedades mecânicas de placas de aço e titânio com mesma configuração. Além de avaliar a carga no limite elástico aparente, o deslocamento no limite elástico aparente, a carga no pico, o deslocamento no pico e a rigidez de duas montagens de placa e parafusos de aço e de titânio. Placas com a mesma conformação de aço e titânio foram fixadas em corpos de prova de poliuretano com espaçamento de 22mm, simulando uma falha óssea para avaliar a rigidez (N/mm), carga no limite elástico aparente (N), deslocamento no limite elástico aparente (mm), carga no pico (N) e deslocamento no pico (mm). Foram utilizados 10 corpos de provas, divididos em dois grupos, com cinco repetições cada. Não houve diferença entre os grupos para os valores médios em todos os parâmetros avaliados, exceto pela deformação no limite elástico (mm), na qual o aço apresentou valores médios mais altos comparados ao titânio.
COMPARAÇÃO ENTRE MONTAGENS DE PLACA E PARAFUSO DE AÇO E TITÂNIO SUBMETIDAS AO TESTE DESTRUTIVO DE COMPRESSÃO AXIAL. ESTUDO BIOMECÂNICO
MARIANA MICHELETO, Prof. Dr.Fernando De Biasi
Data da defesa: 04/10/2023
O objetivo deste trabalho foi comparar as propriedades mecânicas de montagem em pontedeplacaseparafusosdeaço(açoinoxF138)etitânio(ASTMF136).Seisplacas idênticas de aço e seis de titânio foram fixadas em corpos de prova de espumarígida de poliuretano separados por um espaço de 22mm, simulando uma falha óssea. As variáveisrigidez(N/mm),carganolimiteelásticoaparente(N),deslocamentonolimite elástico aparente (mm), carga no pico (N) e deslocamento no pico (mm) foram avaliadas em teste destrutivo de compressão axial. Macroscopicamente observou-se encurvamento (deformação plástica) de todas as placas ao final dos testes, leve arrancamentodeparafusosem duasmontagensdetitânioeem quatromontagensde aço, além do encurvamento de parafusos em cinco montagens de aço e em uma de titânio. Os valores médios dos grupos de aço e de titânio foram, respectivamente, 838N e 807N para carga no limite elástico aparente, 5,44mm e 7,83mm para deformação no limite elástico aparente, 2507N e 1869N para carga no pico, 19,1mm e 16,6mm para deformação no pico e 187N/mm e 199N/mm para rigidez. Estatisticamente não houve diferença entre os materiais em nenhuma das variáveis testadas. Concluiu-se que o teste de compressão axial destrutivo não evidenciou diferença entre aço e titânio na configuração da montagem e condições adotadas no presente trabalho.
INFLUÊNCIA DO TAMANHO DO CORPO LÚTEO E DA PERFUSÃO SANGUÍNEA LUTEAL SOBRE A TAXA DE CONCEPÇÃO E A OCORRÊNCIA DA PERDA GESTACIONAL EM PROGRAMA DE TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÃO EM TEMPO-FIXO EM BOVINOS
LUIS BORTOLASSI JUNIOR , Prof. Dr. Fábio Morotti
Data da defesa: 18/10/2023
O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito da perfusão sanguínea e da área de corpo lúteo (CL) sobre as taxas de concepção e a ocorrência de perda gestacional de receptoras em programas de TETF em larga escala. Vacas multíparas Brangus (n = 1.700) com 45 dias pós-parto e escore de condição corporal (ECC) entre 2,5 e 4,0 (3,0 + 0,3) foram utilizadas nesse estudo. Em um dia aleatório do ciclo estral (dia -10) as fêmeas receberam um protocolo para TETF com benzoato de estradiol (2 mg, i.m.) e um implante intravaginal P4 (1g). No dia 7, 1.465 receptoras tinham pelo menos um CL e foram avaliadas usando o ultrassom modo B para área (cm²) do CL e color Doppler para escore de perfusão sanguínea (I/baixa vascularização 45% e 55%). Imediatamente depois da avaliação do CL, cada receptora recebeu um embrião in vitro (estágio blastocisto), produzido por um laboratório comercial, ipsilateral ao CL avaliado. O diagnóstico de gestação foi feito com 30 dias e repetido 60 dias depois para avaliar a perda gestacional (30 para 90 dias). Um único técnico fez as avaliações ultrassonográficas e as transferências de embriões. Para análise de dados, além de grupos de perfusão sanguínea, CL foram classificadas respectivamente de acordo com a área em pequeno 3 e 4 cm² (4,77 + 0,03). Os dados foram analisados por modelo de regressão logística (P < 0,05). No geral, a taxa de concepção do estudo foi de 44,23% (648/1.465), sendo influenciada pelo escore de perfusão sanguínea [P= 0,03; alta 48,4%ª (134/277), médio 44,6%ª (427/958) e baixo 37,8% b (87/230)], mas não pela classificação da área de CL [P=0,37; grande 41,8% (225/538), médio 45,2% (276/610) e pequeno 46,4% (147/317)]. Não houve interação entre escore de perfusão sanguínea luteal e tamanho/área do CL (P=0,81), e o ECC não afetou os resultados desse estudo (P=0,51). Para ocorrência de perda gestacional até 90 dias, não houve efeito na classificação da área do CL (P=0,77), mas o escore de fluxo sanguíneo apresentou efeito [P=0,03; alto 3,6%b (5/139), médio 9,3%ª (44/471) e baixo 10,3%ª (10/97)]. A taxa de concepção e a ocorrência de perda gestacional em programas de TETF em bovinos de corte está relacionado com a perfusão sanguínea luteal, mas não com o tamanho do CL.
Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga. Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga.