AMOSTRAS DE​ ESCHERICHIA COLI ​ DIARREIOGÊNICAS ISOLADAS DE CARCAÇAS DE BOVINOS DE UM FRIGORÍFICO DA REGIÃO DE LONDRINA-PR
DEBORA HELENA LEME DE CARVALHO VITORINO , Prof. Dr.Gerson Nakazato
Data da defesa: 09/08/2018
A contaminação de alimentos por bactérias patogênicas é uma preocupação mundial para a saúde pública. Cepas de ​Escherichia coli ​ diarreiogênica (DEC) oriundas de carnes bovinas tem causado surtos de infecção em diversas partes do mundo, principalmente as produtoras de toxinas, como a Shiga. Assim, o objetivo deste estudo foi observar aspectos microbiológicos de DEC, assim como padronizar a técnica de coleta e isolamento de DEC, em carcaças de bovinos, em um frigorífico da região de Londrina-PR. As amostras foram coletadas com “​swab ​ ” de 90 carcaças bovinas, sendo 57 na linha de abate após evisceração, e 33 na linha de abate após o processo de lavagem.Para isolamento foi utilizado o meio MacConkey. A identificação de ​E. coli foi realizada por meio de série bioquímica, e os patotipos de DEC foram determinados pela reação em cadeia da polimerase. Do total de 57 carcaças, 46 (80,7%) apresentaram crescimento bacteriano antes da lavagem, sendo 37 (64,9%) positivas para ​E. coli ​ ., senda 4(12,12%) positivas para ​E. coli ​ diarreiogênica Do total de 33 carcaças após a lavagem, 12 (36,3%) apresentaram crescimento, sendo 8 (24,2%) positivas para ​E. coli ​ , 2 (6,06%) positivas para​E. coli diarreiogênica. Dentre os isolados de ​E. coli foram encontrados os patotipos de DEC, com ​E. coli ​ (EPEC) enteropatogênica e ​E. coli produtoras de ​toxina Shiga (STEC). Após o processo de lavagem das carcaças apenas dois isolados foram identificados como STEC.Estes resultados mostraram que o processo de lavagem reduziu a carga bacteriana, incluindo de ​E. coli ​ , porém, cepas de STEC ainda foram encontrados após o processo, mostrando a importância do monitoramento microbiológico e o estudo epidemiológico em carcaças bovinas.
Genes de resistência e virulência em amostras de Escherichia coli isoladas de carcaças de frango criado de forma caipira
Marcela Cristina Gonçalves Carvalho Cunha , Prof. Dr. Gerson Nakazato
Data da defesa: 30/03/2017
A produção de frango é uma das atividades que mais se destacam no agronegócio brasileiro. O uso de antimicrobianos em diversas fases do ciclo produtivo representa uma preocupação em relação à resistência bacteriana aos antimicrobianos, assim recomenda-se o monitoramento da resistência de determinadas bactérias como Salmonella enterica e Escherichia coli. Desse modo, o objetivo desse estudo foi detectar genes de virulência e resistência em isolados de E. coli e S. enterica de cinco carcaças de frango produzidas por uma granja localizada em um assentamento da região de Londrina-PR. O isolamento foi realizado com meios de cultura seletivos com tetraciclina, cefotaxima e ciprofloxacina, e a identificação foi feita pelo perfil bioquímico. Os genes de virulência de E. coli patogênica para aves (APEC), detecção genética do grupo Cefotaximase (CTX-M) e classificação filogenética foram realizadas pela técnica de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). Neste estudo foram isoladas 24 colônias de E. coli resistentes a um dos antimicrobianos testados e nenhuma de S. enterica. Dentre estes isolados, cinco produziram a enzima beta-lactamase de espectro estendido (ESBL), sendo três do grupo CTX-M (dois para CTX-M1 e um para CTX-M2). Uma das amostras produtoras de ESBL apresentou resistência a nove antimicrobianos. O perfil dos genes de virulência e os grupos filogenéticos demonstraram a alta diversidade dessas cepas multirresistentes. A técnica molecular (PCR) se mostrou eficiente na caracterização de E. coli multirresistentes, produtora de ESBL, com informações importantes para a epidemiologia de APEC.