CENSO DE CÃES E GATOS DA ÁREA URBANA DO MUNICÍPIO DE NOVO ITACOLOMI-PR E AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DA POPULAÇÃO SOBRE GUARDA RESPONSÁVEL E ZOONOSES
JUSSANA FRANCO DELGADO , Profª. Drª.Giovana Wingeter Di Santis
Data da defesa: 26/02/2021
A interação homem animal é relatada há milhares de anos, sendo observado que da crescente aquisição de cães e gatos emergem problemas como a disseminação de zoonoses e aumento de animais abandonados. Para a criação de um controle populacional efetivo é necessária a escolha de um método adequado atrelado a medidas de conscientização da população, destacando-se nesse contexto a educação. O presente estudo teve por objetivo realizar o censo da população canina e felina na área urbana do município de Novo Itacolomi - PR e avaliar o efeito da educação de estudantes, crianças e adolescentes na disseminação de informação aos familiares. A metodologia utilizada foi o emprego de questionários em um estudo transversal por meio de pesquisa censitária. Foram visitadas 420 moradias, sendo que em 258 delas foi constatada a presença de cães e/ou gatos, totalizando 528 animais, obtendo-se uma média de 1,25 animal por residência. O número de caninos chegou a 401, enquanto o de felinos 127. A faixa etária dos animais em ambas espécies é de 1 a 8 anos. Apenas 3,88% dos tutores levam o seu animal para consulta periódica com um médico veterinário e 78,10% dos entrevistados não sabem o que são zoonoses. Além disso, 48,57% dos moradores elegeram a castração como método mais eficaz de controle populacional de cães e gatos abandonados. Os resultados demonstraram que das 181 residências em que existiam crianças em idade escolar, 128 (70,72%) informaram que elas comentaram sobre a palestra ministrada com o tema “Guarda Responsável”, observando maior volume no grupo de crianças em idade de 10 a 12 anos. Os resultados desse estudo demonstraram a necessidade de adoção de políticas públicas voltadas à educação sobre a guarda responsável de animais, zoonoses e controle populacional.
IMPLANTAÇÃO DE DIRETRIZES BASEADAS NA MEDICINA VETERINÁRIA DO COLETIVO EM UMA ONG/OSCIP DE PROTEÇÃO ANIMAL NA CIDADE DE LONDRINA
ANA PAULA MOLLER POLICENO ANTONIO , Profa. Dra. Carmen Esther Santos Grumadas
Data da defesa: 21/06/2016
Visa demonstrar, por meio de pesquisa qualitativa, como diretrizes baseadas na Medicina Veterinária do Coletivo podem tornar sustentáveis e promissoras as políticas voltadas ao bem-estar dos animais domésticos quando aplicadas em uma organização não governamental de proteção animal. As diretrizes foram introduzidas no Programa de Gestão 2015-2016 da ONG/OSCIP SOS Vida Animal, atuante na Cidade de Londrina há 26 anos. São mencionados o histórico da instituição, seus objetivos, ações e resultados anteriores. Constata que a falta de diretrizes científicas no planejamento da ONG de proteção animal e as ações assistencialistas geraram endividamento da organização, desperdício de recursos e resultados pouco efetivos à população de cães e gatos do município. As primeiras ações instituidas visando gerar qualidade de vida aos animais resgatados em anos anteriores pela ONG e conter o endividamento foi a interrupção de resgates e as adequações do abrigo existente, visando o bem-estar animal. Na sequência, os projetos controle de natalidade, campanha de vacinação e o projeto educacional foram desenvolvidos para atuar nas causas basais do problema que são as crias indesejadas, os maus tratos, a falta de prevenção de doenças zoonóticas e infecciosas dos cães e o consequente abandono. Medidas como o investimento dos valores arrecadados nos projetos de controle populacional e educacionais foram fundamentais para atuar na prevenção do abandono, maus tratos e acúmulo de animais, bem como nos problemas de saúde pública que os animais podem causar. Os projetos Feiras de Adoção e adoção por meio de rede social foram aprimorados para evitar a adoção sem o conhecimento de conceitos sobre guarda responsável e da importância da esterilização do animal adotado. No período estudado foram doados 827 animais, sendo 761 filhotes e 66 adultos. Foram realizadas ações, em conjunto com orgãos competentes, junto a acumuladores, com o objetivo de auxiliar a essas pessoas. Quanto às reivindicações para as políticas públicas foram apresentados projetos tanto à Prefeitura de Londrina quanto à Secretaria de Saúde do Município visando obtenção de recursos para efetivar e ampliar as ações. Todas as novas diretrizes aplicadas conduziram a resultados positivos e possibilitaram planejar e aprimorar ações para promover o bem-estar animal sem comprometer financeiramente a instituição e seus membros.