ESTUDO RETROSPECTIVO DA COMPOSIÇÃO MINERAL DOS URÓLITOS DE GATOS ATENDIDOS EM UM HOSPITAL VETERINÁRIO ESCOLA NO PERÍODO DE 12 ANOS
DANIELE FINK ZANETTE , Prof. Dr. Marcelo de Souza Zanutto
Data da defesa: 24/07/2019
Foram apresentados dois produtos finais, separados por capítulos, ao Programa de Pós Graduação Mestrado Profissional em Clínicas Veterinárias. O primeiro capítulo é uma revisão de literatura formatado nas normas da revista “Archives of Veterinary Science”, intitulado “Síndrome de Pandora - Revisão de Literatura”, que descreve aspectos da patogenia, sinais clínicos, prognóstico, diagnóstico, tratamento e prevenção da doença. O segundo capítulo é o resultado de um projeto de pesquisa intitulado “Estudo retrospectivo da composição mineral dos urólitos de gatos atendidos em um Hospital Veterinário Escola no período de 12 anos”. A identificação precisa dos tipos minerais que compõem os urólitos e os tampões uretrais é de extrema importância para identificar os fatores predisponentes e instituir o plano terapêutico adequado, pois permite que os médicos veterinários prescrevam intervenções dietéticas e médicas apropriadas para o manejo subsequente e prevenção da recorrência da doença. Assim, o presente trabalho investigou a ocorrência da urolitíase em gatos atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Londrina, Paraná, de janeiro de 2007 a janeiro de 2019. O centro que realizou a análise quantitativa dos urólitos foi o Minnesota Urolith Center. Todos os urólitos eram simples. Dos 59 urólitos, 86,5% foram classificados como estruvita, 11,9% como oxalato de cálcio e 1,6% como urato de amônio. Fêmeas, sem raça definida e mais jovens foram mais acometidas. Todos os 14 tampões uretrais eram simples, formados por estruvita e oriundos de machos, em sua maioria, jovens. Os resultados observados no presente estudo servem de base para comparações futuras relacionadas à epidemiologia da urolitíase felina no país.
PREVALÊNCIA DE LEUCEMIA E IMUNODEFICIÊNCIA VIRAL FELINA EM GATOS ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA (PR) EM 2014
EDUARDO YUDI HASHIZUME , Prof. Dr. Marcelo de Souza Zanutto
Data da defesa: 28/03/2016
Os retrovírus felinos incitam o interesse de muitos pesquisadores. Dentre os retrovírus que causam doenças em gatos domésticos destacam-se o vírus da imunodeficiência dos felinos (FIV) e o vírus da leucemia felina (FeLV), ambos de ocorrência mundial. O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência e os fatores de risco das infecções pelo FIV e FeLV na população felina atendida no Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Londrina - Paraná (HV-UEL), durante o ano de 2014. Das 771 amostras testadas, houve prevalência de 5,19% (40) para o FIV, 1,81% (14) para o FeLV e 0,26% (2) apresentaram coinfecção. No grupo de infectados pelo FIV 23 eram machos (57,5%), metade apresentou-se doente ao atendimento, 18 (45%) tinham acesso à rua e 19 (47,5%) viviam em locais com múltiplos gatos. Entre os infectados pelo FeLV, foram observados 50% de machos e metade apresentou-se doente, seis (42,86%) felinos com acesso à rua e nove (64,29%) viviam em locais com múltiplos gatos. A idade média dos infectados para o FIV (46 meses) foi maior do que dos infectados pelo FeLV (16 meses) (p = 0,03778). O risco de infecção pelo FIV foi significativamente maior para gatos mais velhos (p = 0,03581), os que possuíam acesso à rua (p = 0,009151), aos que conviviam em mais de cinco gatos na mesma residência (p = 0,008868) e também para gatos provenientes de gatis (p = 0,00207) e os nascidos na própria residência (p = 0,01164). Para os felinos infectados pelo FeLV, apenas sobressaíram-se como fatores de risco os gatos mais jovens que os infectados pelo FIV (p = 0.03778) e os que conviviam em residências com mais de 5 gatos (p = 0,01411).