HIPERADRENOCORTICISMO CANINO: ESTUDO RETROSPECTIVO DE 144 CASOS ENTRE 2013 E 2018
GABRIELA REBOUÇAS MILANI CECCI , Prof. Dr. Mauro José Lahm Cardoso
Data da defesa: 10/07/2019
O hiperadrenocorticismo (HAC) ou Síndrome de Cushing é uma endocrinopatia que resulta da produção excessiva e crônica de cortisol. Frequentemente diagnosticado em cães na rotina clínica, o HAC é classificado como espontâneo - hipófisedependente ou adrenal-dependente - ou iatrogênico. Outras causas descritas e associadas a doenças não-adrenais envolvem tumores ectópicos e hipercortisolismo alimentar. Este trabalho avaliou uma população de 144 cães diagnosticados com HAC com o objetivo de contribuir com dados sobre a doença. Foram identificados qual foi o melhor teste para diagnosticar o HAC, a sensibilidade e especificidade dos testes e a prevalência da doença. Ainda foram avaliados os aspectos epidemiológicos, principais alterações laboratoriais, origem do HAC (aumento adrenal unilateral ou bilateral) e ocorrência dos padrões no teste de supressão com baixa dose de dexametasona. Os registros foram obtidos de prontuários do Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Londrina (HV-UEL) e clínica Espaço Vida Veterinária, atendidos entre 2013 e 2018. Os resultados obtidos na pesquisa mostraram que o teste de supressão com baixa dose de dexametasona é mais sensível para diagnosticar o HAC e que aumento adrenal bilateral incidiu sobre a maioria dos cães. Dentre os exames laboratoriais, o aumento da fosfatase alcalina, dos triglicerídeos e dos leucócitos foram as alterações mais relevantes. Com estes resultados foi possível concluir que o teste de supressão com baixa dose de dexametasona deve ser encorajado como primeiro teste endócrino de triagem para diagnosticar o HAC. Além disso, os dados epidemiológicos e laboratoriais forneceram informações que reforçam os aspectos característicos da doença.
CARDIOMIOPATIA DILATADA ASPECTOS REVISIONAIS E PREVENTIVOS
KEILA PEREIRA CATELLI GUILHERME , Prof. Dr. Milton Luis Ribeiro de Oliveira
Data da defesa: 14/03/2017
A Cardiomiopatia dilatada é uma das doenças cardiovasculares mais comuns na prática clínica diária, é uma doença que não tem cura, e que pode causar a morte em muitos animais, por isso o interesse em pesquisar a prevenção dessa afeccção. É caracterizada pela insuficiência miocárdica sistólica, sua causa continua desconhecida, e pode estar associada a uma variedade de agressões ao miocárdio, incluindo alterações genéticas, agentes infecciosos, defeitos bioquímicos das mitocôndrias e proteínas, toxinas, mecanismos imunológicos e deficiências nutricionais (MORAIS, 2004). São descritos casos desde os 6 meses até 14,5 anos. O principal aspecto fisiopatológico da CMD é a baixa contratilidade miocárdica, desencadeando redução do débito cardíaco e consequentemente a ativação dos mecanismos compensatórios, ocasionando a retenção de sódio e água, e desse modo levando a vasoconstrição, as câmaras do coração apresentam-se dilatadas e a evolução natural da enfermidade leva a insuficiência cardíaca congestiva. Neste trabalho será realizada uma revisão de literatura incluindo a etiologia, a fisiopatologia, os meios de diagnóstico, e principalmente aspectos preventivos da doença, como a atividade física e também aspectos nutricionais aplicados a cardiologia em cães. A importância da alimentação correta não é medida apenas pelo desempenho e pelo valor de seus constituintes, mas também pelos possíveis danos que a ausência ou o excesso destes podem acarretar ao organismo animal (EVANGELISTA, 2005).