Teses e Dissertações
Palavra-chave: cartilha
CARACTERIZAÇÃO HIGIÊNICA-SANITÁRIA: UM ESTUDO DE CASO DE FOOD TRUCKS NA CIDADE DE LONDRINA – PARANÁ
ISABELLA PISSINATI MARZOLLA , Prof.ª Dr.ª Suellen Túlio Córdova Gobetti
Data da defesa: 24/02/2022
O preparo dos alimentos de origem animal em food trucks devem seguir as normativas sanitárias vigentes, bem como deve haver higiene pessoal e do local onde se manipula e comercializa os alimentos. O presente trabalho teve por objetivo caracterizar a higienização dos alimentos, do ambiente e dos manipuladores de alimentos nos food trucks na cidade de Londrina, Paraná, e elaborar uma cartilha didática de acordo com a legislação sanitária municipal sobre os procedimentos corretos de higiene, manipulação e conservação de alimentos, para a garantia da qualidade do produto final, e assim evitar possíveis riscos à saúde da população na promoção da segurança alimentar. A pesquisa ocorreu no período de março a novembro de 2021, por meio da aplicação de questionário contendo 52 perguntas aos manipuladores de alimentos de food trucks na cidade. Para todos os participantes foi encaminhado um termo de consentimento livre e esclarecido, para evitar de modo equivocado o aspecto fiscalizador desta pesquisa, além de garantir o sigilo dos estabelecimentos que participaram de maneira voluntária. Os dados foram submetidos a análise estatística descritiva para a mensuração das frequências relativas e absolutas das categorias de food trucks. Para analisar as proporções entre as categorias foi utilizado o teste de Qui-quadrado para amostras independentes, utilizando o software SPSS, p<0.05. Observou-se que 50% dos food trucks possuem cozinha de apoio e para 58,3% dos manipuladores de alimentos entrevistados a preparação dos acompanhamentos e dos produtos, são realizados no próprio food truck. O curso de manipulação de alimentos não foi realizado por 41,7% dos manipuladores entrevistados. Para todos os proprietários de food truck que possuem cozinha de apoio há banheiro na parte externa. O controle de pragas é realizado por 41,7% por uma empresa especializada 1 vez ao ano. A infraestrutura de ventilação e climatização dos food trucks está em inconformidade, com ausência de proteção contra insetos nas janelas (33%) e apenas 25% possuem exaustores. A água utilizada nos food trucks é da via pública (41,7%) e 25% utilizam armazenamento próprio em caixa d’água. A frequência de higienização das mãos é destaque com 97,0%, sempre que se faz necessário, e maioria dos manipuladores de alimentos avaliados, utilizam água e sabão neutro, e não usa álcool em gel 70% na higienização das mãos. Os principais EPI’s utilizados são luva branca (66,7%), roupa branca (66,7%) e sapato branco (66,7%). Conclui-se no presente estudo que a comercialização de alimentos em food trucks na cidade de Londrina - PR necessita de atenção quanto a manipulação do alimento no food truck. Foram observadas inadequações relevantes como o risco de contaminação dos alimentos e disseminação de doenças transmitidas por alimentos. A maioria dos manipuladores de alimentos necessitam se atualizar e parte desses se capacitar em treinamento em Higiene de Alimentos para formalizar a atuação na manipulação de alimentos. Os manipuladores de alimentos devem se adequar para fazer uso da cozinha de apoio no preparo e manipulação dos alimentos e apenas finalizar o produto no food truck para a comercialização.
PREVALÊNCIA DE LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA, EM ALDEIAS INDÍGENAS NA REGIÃO DA GRANDE DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL
VINÍCIUS MACHADO BERCINI , Prof. Dr. Silvano Cesar da Costa
Data da defesa: 21/03/2018
Foram apresentados três produtos finais, separados por capítulos, ao Programa de Pós Graduação Mestrado Profissional em Clínicas Veterinárias. O primeiro trabalho é um artigo, formatado nas normas da revista “Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia” (ABMVZ), intitulado “Prevalência de Leishmaniose Visceral Canina, em Aldeias Indígenas na Região da Grande Dourados, Mato Grosso do Sul”. As terras indígenas Panambi-Lagoa Rica e Jaguapiru estão localizadas em área endêmica para a zoonose Leishmaniose com baixo índice de transmissão a humanos, na Região da Grande Dourados. O objetivo deste trabalho foi determinar a prevalência de Leishmaniose Visceral Canina (L.V.C), em aldeias indígenas na região da Grande Dourados, Mato Grosso do Sul. Foi realizada a pesquisa de anticorpos anti-Leishmania infantum em cães de localidades das aldeias indígenas Panambi-Lagoa Rica e Jaguapiru, Mato Grosso do Sul. Foram coletadas amostras de sangue de cães para realização de testes sorológicos: teste rápido imunocromatográfico DPP® (DPP®), teste imunoenzimático indireto (ELISA EIE®). No ano de 2014, foram analisados 101 cães na aldeia Panambi-Lagoa Rica e, em 2017 foram coletadas amostras de soro de 176 cães na aldeia indígena Jaguapiru. Utilizando o teste rápido imunocromatográfico DPP® (DPP®) como triagem e o teste imunoenzimático indireto (ELISA EIE®) como confirmatório a prevalência foi de 0% (0/101) na aldeia indígena Panambi-Lagoa Rica e de 0,38% (1/176) na aldeia indígena Jaguapiru. Quando utilizado somente o teste rápido imunocromatográfico DPP® (DPP®) a taxa de prevalência nas aldeias Panambi Lagoa-Rica e Jaguapiru foi 14,85% (15/101) e 6,81% (12/176) respectivamente. Empregando somente o teste confirmatório ELISA EIE® na Panambi Lagoa-Rica e Jaguapiru teve taxa de 4,95% (5/101) e 1,13% (2/176) respectivamente. Uma diferença estatisticamente significativa foi observada, em que a presença de curral nas casas, apresentou-se como uma variável de risco à L.V.C. O estudo confirma a presença da leishmaniose visceral canina em aldeias indígenas da região da Grande Dourados, ao verificar a ocorrência de cães soro reagentes para leishmaniose visceral, em área com características ambientais e geográficas que favorecem a dispersão do parasito. Os dados da pesquisa fornecem subsídios para novas pesquisas com uma abordagem em Saúde Única e, medidas de controle devem ser delineadas e implementadas com o objetivo de controlar a dispersão da zoonose e casos humanos de leishmaniose visceral. O segundo capítulo é uma cartilha educativa intitulada “LeishNão nas Aldeias”, formulada de maneira lúdica, para o público infanto-juvenil, sobre a Leishmaniose Canina que descreve aspectos da etiologia, epidemiologia, patogenia, sinais clínicos, diagnóstico, prevenção e controle da doença. O terceiro trabalho é um artigo sobre um relato de neoplasia múltipla endócrina: carcinoma folicular de tireoide e feocromocitoma concomitante em cão, enviado e aguardando publicação na revista “Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia” (ABMVZ).