PREVALÊNCIA DE LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA, EM ALDEIAS INDÍGENAS NA REGIÃO DA GRANDE DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL
VINÍCIUS MACHADO BERCINI , Prof. Dr. Silvano Cesar da Costa
Data da defesa: 21/03/2018
Foram apresentados três produtos finais, separados por capítulos, ao Programa de Pós Graduação Mestrado Profissional em Clínicas Veterinárias. O primeiro trabalho é um artigo, formatado nas normas da revista “Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia” (ABMVZ), intitulado “Prevalência de Leishmaniose Visceral Canina, em Aldeias Indígenas na Região da Grande Dourados, Mato Grosso do Sul”. As terras indígenas Panambi-Lagoa Rica e Jaguapiru estão localizadas em área endêmica para a zoonose Leishmaniose com baixo índice de transmissão a humanos, na Região da Grande Dourados. O objetivo deste trabalho foi determinar a prevalência de Leishmaniose Visceral Canina (L.V.C), em aldeias indígenas na região da Grande Dourados, Mato Grosso do Sul. Foi realizada a pesquisa de anticorpos anti-Leishmania infantum em cães de localidades das aldeias indígenas Panambi-Lagoa Rica e Jaguapiru, Mato Grosso do Sul. Foram coletadas amostras de sangue de cães para realização de testes sorológicos: teste rápido imunocromatográfico DPP® (DPP®), teste imunoenzimático indireto (ELISA EIE®). No ano de 2014, foram analisados 101 cães na aldeia Panambi-Lagoa Rica e, em 2017 foram coletadas amostras de soro de 176 cães na aldeia indígena Jaguapiru. Utilizando o teste rápido imunocromatográfico DPP® (DPP®) como triagem e o teste imunoenzimático indireto (ELISA EIE®) como confirmatório a prevalência foi de 0% (0/101) na aldeia indígena Panambi-Lagoa Rica e de 0,38% (1/176) na aldeia indígena Jaguapiru. Quando utilizado somente o teste rápido imunocromatográfico DPP® (DPP®) a taxa de prevalência nas aldeias Panambi Lagoa-Rica e Jaguapiru foi 14,85% (15/101) e 6,81% (12/176) respectivamente. Empregando somente o teste confirmatório ELISA EIE® na Panambi Lagoa-Rica e Jaguapiru teve taxa de 4,95% (5/101) e 1,13% (2/176) respectivamente. Uma diferença estatisticamente significativa foi observada, em que a presença de curral nas casas, apresentou-se como uma variável de risco à L.V.C. O estudo confirma a presença da leishmaniose visceral canina em aldeias indígenas da região da Grande Dourados, ao verificar a ocorrência de cães soro reagentes para leishmaniose visceral, em área com características ambientais e geográficas que favorecem a dispersão do parasito. Os dados da pesquisa fornecem subsídios para novas pesquisas com uma abordagem em Saúde Única e, medidas de controle devem ser delineadas e implementadas com o objetivo de controlar a dispersão da zoonose e casos humanos de leishmaniose visceral. O segundo capítulo é uma cartilha educativa intitulada “LeishNão nas Aldeias”, formulada de maneira lúdica, para o público infanto-juvenil, sobre a Leishmaniose Canina que descreve aspectos da etiologia, epidemiologia, patogenia, sinais clínicos, diagnóstico, prevenção e controle da doença. O terceiro trabalho é um artigo sobre um relato de neoplasia múltipla endócrina: carcinoma folicular de tireoide e feocromocitoma concomitante em cão, enviado e aguardando publicação na revista “Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia” (ABMVZ).
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE A UTILIZAÇÃO OU NÃO DO CLORIDRATO DE TETRACAÍNA ASSOCIADO AO CLORIDRATO DE FENILEFRINA NA AFERIÇÃO DA PRESSÃO INTRAOCULAR EM CÃES
DAVI CORRÊA DE ALMEIDA , Prof. Dra. Mirian Siliane Batista de Souza
Data da defesa: 27/04/2017
A avaliação da pressão intraocular é um exame importante na clínica oftalmológica não só de cães, como de outras espécies. Vários tipos de aparelhos foram desenvolvidos para tal, contudo, com o avanço da tecnologia, aparelhos mais sofisticados surgiram, exibindo avaliações mais rápidas e precisas. Com isso, revelou-se a proposta de não aplicar o anestésico local previamente ao exame, já que se trata de um procedimento de atuação em superfície da córnea e não doloroso, e também devido aos efeitos adversos do anestésico local como reações alérgicas e hiperemia na córnea e conjuntiva. Comparou-se a técnica de aferição da pressão intraocular em cães, uma utilizada com uso do colírio a base de cloridrato de tetracaína associado ao cloridrato de fenilefrina ao aferir a pressão intraocular com o aparelho portátil de tonometria, e outro, sem o uso do colírio. Foi estabelecido o colírio a base de tetracaína, e o tonômetro de aplanação. Foram analisados 100 olhos de cães hígidos, e que foram divididos em dois grupos de 50 animais cada, o grupo T1 sem o colírio anestésico e o grupo T2 com colírio anestésico. Não houve diferença ente os dois grupos (p>0,05), concluindo-se, portanto, que o uso do colírio anestésico pode ser dispensado no exame de tonometria em cães.