DOENÇA VALVAR MIXOMATOSA EM CÃES: CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS E CLÍNICAS DE CASOS DIAGNOSTICADOS EM AUTOPSIAS
ALAN PASSADOR DA SILVA , Profa. Dra. Giovana Wingeter Di Santis
Data da defesa: 30/09/2020
A doença mixomatosa valvar (DMV) constitui-se da degeneração mixomatosa progressiva da valva cardíaca, com consequente regurgitação sanguínea, sendo a principal causa de insuficiência cardíaca congestiva em cães. A evolução da enfermidade é crônica, levando um longo período para o animal apresentar alterações cardiovasculares. O diagnóstico é obtido por meio de exame ecocardiográfico, com auxílio de avaliações complementares, por exame radiográfico torácico e eletrocardiografia. Alguns cães apresentam a DMV durante a vida, porém não são diagnosticados, sendo um achado no exame post mortem, durante a autopsia. O objetivo deste trabalho foi avaliar retrospectivamente casos de cães com doença mixomatosa valvar diagnosticada na autopsia quanto à existência de evidências clínicas de cardiopatia, e caracterizar os achados patológicos, clínicos, epidemiológicos e resultados de exames complementares, a partir de uma análise descritiva. Para tanto, foram avaliados 1654 resultados de autopsias realizadas entre os anos de 2008 e 2019 e selecionados 132 casos em que os cães que apresentavam lesões macroscópicas de DMV, sendo posteriormente avaliado o prontuário destes animais para verificação de histórico e/ou sinais clínicos e/ou exames complementares sugestivos de cardiopatia. A principal alteração encontrada na macroscopia foi espessamento de valva cardíaca, a maior prevalência foi em cães sem raça definida (SRD), entre os de raça pura foi frequente também em cães de grande porte. Acomete também cães jovens, e pode ser diagnosticada em qualquer uma das quatro valvas cardíacas. A maioria não apresenta histórico e sinais clínicos sugestivos de cardiopatia, não sendo submetidos a avaliação cardíaca adequada, com exames complementares que permitam o diagnóstico precoce.
INCIDÊNCIA DE DOENÇAS ESOFÁGICAS EM CÃES E GATOS ATENDIDOS NO SETOR DE RADIOLOGIA DO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA NOS ANOS DE 2006 A 2016
RUBIANE CAROLINE LOPES DE SOUZA , Prof. Dr. Milton L. R. de Oliveira
Data da defesa: 20/06/2018
As doenças esofágicas muitas vezes são negligenciadas por ter sinais clínicos similares às doenças gástricas. No primeiro capítulo está presente o estudo que relata a incidência de doenças esofágicas em cães e gatos atendidos no Setor de Radiologia do Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Londrina nos anos de 2006 a 2016. Os dados foram coletados dos livros de registro do Setor e posteriormente analisados os prontuários e radiografias. Setenta e um animais foram incluídos no estudo, pois foram submetidos à radiografia esofágica simples ou contrastada. Quarenta e quatro animais foram submetidos à radiografia simples e em vinte e nove foi realizado esofagograma. Dos setenta e um animais, dezessete foram positivos para doenças esofágicas, tendo sido nove diagnosticados por meio de radiografias simples e oito por radiografias contrastadas. Oito animais tinham megaesôfago, seis tinham corpo estranho esofágico, um esofagite secundária ao tubo esofágico (diagnóstico presuntivo) e um estenose. No capítulo 2 há um relato de caso que foi submetido à publicação na revista clínica veterinária que descreve a ocorrência de dilatação esofágica cervical em uma felina de 18 meses secundário a esofagite causada pela administração de comprimidos de doxiciclina.