PARÂMETROS HEMATOLÓGICOS E BIOQUÍMICOS ASSOCIADAS A GATOS NATURALMENTE INFECTADOS PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA VIRAL FELINA (VIF)
JÉSSICA CHAGAS DOMINGUES MENCK , Prof. Dr. Marcelo de Souza Zanutto
Data da defesa: 26/02/2024
O objetivo desde trabalho foi correlacionar alterações hematológicas e bioquímicas em gatos naturalmente infectados pelo vírus da imunodeficiência felina e aqueles não infectados. Por meio de um estudo retrospectivo, 405 gatos testados para o vírus da imunodeficiência viral felina (VIF) foram selecionados para análise da associação entre as alterações hematológicas bioquímicas e a positividade no teste imunoenzimático. Variáveis individuais, hematológicas e bioquímicas foram consideradas para verificar a influência dos resultados utilizando análise de regressão logística univariada e multivariada. Um total de 38 de 405 gatos avaliados foram reagentes para VIF (9,4%) e 370 foram não reagentes (90,6%). A análise multivariada detectou uma associação significativa entre a infecção pelo VIF e a idade adulta de 1 a 6 anos de idade (P=0,04) e sem raça (P=0,0001). Gatos machos foram mais predispostos a serem reagentes para VIF (P=0,001). Com base nas alterações bioquímicas, gatos reagentes para VIF possuem maiores chances de apresentarem hipoalbuminemia que os gatos não reagentes. Foi possível identificar significância em VCM, CHCM, hemácias, hemoglobina e plaquetas, em que os gatos apresentaram tendências a valores menores quando comparados com os gatos negativos, exceto VCM que estava aumentado. A identificação das características associadas à infecção relacionados ao perfil do animal e a correlação com os distúrbios hematológicos e bioquímicos que se encontraram próximos aos limites inferiores dos valores de referência, pode ser útil para detecção da infecção pelo VIF em gatos.
ASPECTOS CLÍNICO-LABORATORIAIS DE INFECÇÕES POR Ehrlichia sp. E Babesia sp. EM CÃES ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIFIL NO MUNICÍPIO DE LONDRINA – PARANÁ
MARIA VICTÓRIA DE LUCA DELGADO ALVES , Prof. Dr. Guilherme Felippelli Martins.
Data da defesa: 13/08/2020
As hemoparasitoses, como a Erliquiose e a Babesiose, são condições patológicas comumente encontradas na clínica de pequenos animais. No Brasil, a alta incidência destas afecções, principalmente a Erliquiose canina, as tornam emergentes em algumas regiões do país, sendo transmitidas por vetores artrópodes, tendo o Rhipicephalus sanguineus o principal transmissor das hemoparasitoses em cães. Este trabalho tem como objetivo avaliar os aspectos clínicos e laboratoriais de cães atendidos no Hospital Veterinário da Unifil, no município de Londrina, no período de 2014 a 2018, afim de estabelecer o perfil dessas afecções em cães na região do norte do Paraná. Dos 71 cães deste estudo, 44 foram diagnosticados com Ehrlichia sp. (GE), 20 foram diagnosticados com Babesia sp. (GB) e 7 estavam co-infectados (GEB). No GE, 23 (52,27%) eram machos e 21 (47,73%) eram fêmeas. No GB, 15 (75%) eram fêmeas e os 5 restantes (25%) eram machos. No GEB, 4 (57,14%) eram machos e 3 (42,86%) eram fêmeas. Tanto no GE, quanto no GB e no GEB, a maioria dos cães possuíam raça definida. O achado laboratorial mais significativo foi a trombocitopenia, onde 64 (90%) dos 71 cães deste estudo apresentaram-se trombocitopênicos e apenas 7 (10%) eram não-trombocitopênicos. No GE, 41 (93,18%) cães apresentaram trombocitopenia. 16 (80%) do GB eram trombocitopênicos e 100% dos cães co-infectados do GEB tinham trombocitopenia como achado laboratorial mais significativo. Clinicamente, a maioria dos animais do GE, GB e GEB apresentaram-se apáticos, anoréxicos, febris e com queixas de vômito pelos tutores no momento da consulta. Devido ao caráter emergente das hemoparasitoses, cães que sejam oriundos de regiões endêmicas devem ser avaliados clinicamente e laboratorialmente, sendo a PCR o exame de eleição para diagnóstico, e medidas profiláticas devem ser instituídas para um efetivo controle do vetor transmissor.