Praticando geografia com alunos surdos e ouvintes : uma contribuição para o ensino de geografia
Ricardo Lopes Fonseca, Eloiza Cristiane Torres
Data da defesa: 14/05/2012
Este estudo engloba as principais características sobre a educação inclusiva do aluno surdo nas salas de aulas. São várias as reflexões que se apresentam no transcorrer deste trabalho. A expectativa é que os pensamentos aqui mencionados sejam de fácil compreensão para o leitor e que consigam despertar a consciência e o senso crítico com referência à situação do modelo de inclusão de alunos surdos nas escolas públicas do Brasil. Considera-se educação inclusiva o método de inclusão de distúrbios de aprendizagem na rede básica de ensino. Essa discussão é direcionada para a variedade de implicações sobre o ensino de Geografia para os alunos surdos, visto que o ensino para alunos surdos deve ser visto com muita atenção, já que as propostas pedagógicas direcionadas para o indivíduo surdo têm como finalidade possibilitar o crescimento total de suas capacidades, porém, o que se percebe é que não é isso que ocorre nas salas de aulas. O objetivo geral deste estudo é o de aplicar várias metodologias para o ensino de Geografia em salas de aulas com alunos surdos e ouvintes, com o objetivo de averiguar a validade de cada uma das possibilidades pedagógicas aplicadas, ou seja, se é possível seu aproveitamento em sala de aula com os dois grupos de alunos. Os métodos aplicados no transcorrer deste trabalho estão sempre ligados à finalidade própria da pesquisa, de maneira que possa proporcionar ao leitor uma melhor compreensão, ou seja, cada assunto apresentado neste trabalho emprega um referencial metodológico que melhor possa explicar certos pontos da pesquisa; trata-se de levantamentos bibliográficos, recolhimento de dados, entrevistas, aplicação das experiências pedagógicas em campo. Esse estudo busca encontrar respostas para questões como: qual a real importância de integrar no convívio escolar um aluno surdo?; como os professores de Geografia estão se preparando para receber esse aluno surdo?; quais ofertas didáticas os professores aplicam em sala de aula?; quais recursos são importantes e quais não são no ensino para alunos surdos e ouvintes ao mesmo tempo?. A função de capacitar o aluno para o convívio social deve ser realizada de maneira coerente, isto é, por meio da inclusão de alunos surdos nas escolas, devendo proporcionar, além da aprendizagem, a interatividade social de modo semelhante e sem exclusão dos demais alunos. O surdo precisa ter o respeito de todos em sua característica linguística e assim, na medida em que tal condição acontece, poderá adquirir novos conhecimentos de maneira adequada e satisfatória. Os professores de Geografia não estão preparados para incluírem em suas aulas alunos surdos, pois os mesmos não possuem qualificação necessária para atender as necessidades de um estudante surdo. A educação inclusiva deve estar relacionada aos programas de instituições de pesquisa e desenvolvimento. Uma atenção exclusiva deve ser direcionada à área de ensino, organizando estratégias modernas de ensino/aprendizagem. Os objetivos deste estudo foram todos alcançados. Portanto, é necessário que haja inclusão, porém esta deverá ocorrer de maneira coerente, isto é, preparando o aluno surdo não somente para a aprendizagem, mas, também, para a vida social.
A cartografia na leitura da paisagem : construção de conceitos a partir do cotidiano
Maria de Fátima de Brito, Prof.ª Dr.ª Rosana Figueiredo Salvi
Data da defesa: 18/08/2011
O presente trabalho de pesquisa tem como principal objetivo discutir a importância da linguagem cartográfica na leitura da paisagem. No entanto, apresenta a falta de domínio dos conceitos cartográficos revelada pelos alunos, como um problema na elaboração dessa leitura. Como forma de enfrentamento a essas dificuldades e na busca de soluções, apresenta o desenvolvimento de uma proposta metodológica de alfabetização cartográfica que visa a construção de conceitos a partir do cotidiano. Tal metodologia desenvolve-se no formato de aulas-oficinas e trabalho de campo, tendo como base de análise do espaço geográfico a categoria paisagem. Participam desse trabalho os alunos do Ensino Fundamental e Médio do CEEBJA – Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos - de Londrina nos anos de 2009 e 2010. O trabalho norteia-se pelo método da pesquisa-ação e fundamenta-se nas ideias de Vygotsky sobre a mediação como comunicação pedagógica. Apresentam-se como resultados desse trabalho de pesquisa, as análises das produções dos alunos obtidas por meio de relatórios, mapas e tabelas sobre a leitura da paisagem do entorno da Escola a partir da realização do trabalho de campo.