Interdependência econômica mundial e complexidade de dependência de exportações nos anos 2000 e 2014 para 43 países

Dissertação de mestrado

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Resumo

O objetivo deste estudo é verificar a configuração das sinergias e interdependências econômicas do consumo intermediário entre 43 países, a partir dos dados do World Input-Output Database (WIOD) para os anos de 2000 e 2014, com metodologia criada por Sonis et. al (1997), que identifica a dependência da economia interna (doméstica), de exportação, de importação e dependência da economia mundial para cada uma das regiões. Identificou-se grande heterogeneidade nas composições de dependência econômica dos países. A China tem a maior dependência da economia interna em 2000 e 2014, 89,40% e 88,12% respectivamente, e Luxemburgo com a menor 28,67% e 28,14% para os mesmos anos. Enquanto a maior dependência de exportação é da Irlanda, 37,09% e a menor Estados Unidos, 7,59%. Na perspectiva geral verificou-se uma queda da de dependência interna, em média em -7,88%, e um aumento das dependências externas: exportações 4,92%; importações 0,01% e; economia mundial 2,95%. Também foi calculado o impacto setorial (56 setores) na dependência econômica interna. A China tem a maior concentração em um único setor, na Construção Civil, 18% em 2000 e 25% em 2014. As menores concentrações setoriais foram verificadas na Coréia do Sul em 2000, 2,0034% e Eslovênia em 2014, 3,8001%. A média do Índice HH- Índice Herfindahl-Hirschman, que mede a concentração, foi de 5,24%, em 2000, e 6,43% em 2014, apresentando um aumento médio de 1,19% na concentração setorial da dependência. Com índice proposto neste trabalho, ICDE - Índice de complexidade de dependência de exportação, foi ponderada a dependência de exportação com base no Índice de Complexidade Econômica, Hausmann e Hidalgo (2009), afim de ranquear os países de acordo com sua exposição à dependência de exportação. O país mais exposto em 2014 é Lituânia, com um ICDE de 46,05 e a China a menos exposta, com 8,24. Conclui-se que, em média, os países diminuíram a dependência de suas próprias economias, apesar de as concentrarem mais setorialmente, e ampliaram as dependências externas.