Agropecuária brasileira : desempenho regional e determinantes de produtividade nos anos censitários de 1995/96 e 2006

Dissertação de mestrado

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Resumo

O objetivo do estudo foi analisar a evolução da produtividade líquida do trabalho e da terra na agropecuária brasileira e suas regiões nos anos censitários de 1995/96 e 2006, mensurando os índices de produtividade, identificando as diferenças entre regiões e verificando as influências das variáveis estabelecidas no modelo, tendo como base os dados o Censo Agropecuário de 1995/96 e 2006 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os procedimentos adotados são descritos no modelo de regressão linear múltipla, para visualizar a influência das variáveis no valor bruto de produção e na produtividade do trabalho e da terra. Com os resultados obtidos, confirmou-se a hipótese do aumento das disparidades regionais e inter-regionais das produtividades da terra e do trabalho na agropecuária brasileira entre os períodos censitários, que também podem ser caracterizados como heterogeneidade estrutural. Observou-se que os melhores índices quanto à produtividade da terra estão localizados principalmente nas regiões Sul e Sudeste e na produtividade do trabalho o Sul, Sudeste e Centro-Oeste, havendo concentração dos mais altos valores em apenas alguns municípios do país. As diferenças na disposição de fatores e infraestrutura produtiva, que estão melhores alocados no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, contribuem para os bons resultados alcançados nestas regiões. Verificou-se que, as variáveis tecnológicas definidas no modelo econométrico exercem influência e explicam alterações sobre a produção e as produtividades. A análise dos resultados permitiu concluir que as características de cada região se relacionam aos fatores de produção e as condições climáticas exercem influência sobre o comportamento da produção. Constatou-se que as produtividades do trabalho e da terra na agropecuária brasileira cresceram entre os períodos censitários bem como as disparidades em termos de produtividade entre as regiões por conta da qualidade do solo, relevo e aptidão agrícola, infraestrutura produtiva, uso de insumos e tecnologia, entre outros.