Probabilidade de desemprego entre os jovens brasileiros em 2005 e 2015

Dissertação de mestrado

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Resumo

Este estudo objetiva analisar a probabilidade de desemprego dos jovens brasileiros utilizando os microdados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio – PNAD de 2005 e 2015. Para tanto, desagregou-se a população jovem em três faixas etárias distintas, uma vez que o desemprego impacta de forma diferente entre eles. Tal procedimento, teve como objetivo verificar a probabilidade de desemprego entre as faixas dos jovens e em relação aos adultos com mais de 30 anos de idade, observando as características produtivas e não produtivas dos trabalhadores. Primeiramente, foram analisadas as estatísticas descritivas e posteriormente estimado o modelo Logit binomial. Foram mensuradas quatro regressões probabilísticas, sendo elas: (i) não-condicional – trabalhadores de 14 a 69 anos de idade; (ii) jovens-adolescentes – de 14 a 17 anos de idade; (iii) jovens-jovens – de 18 a 24 anos de idade; e (iv) jovens-adultos – de 25 a 29 anos de idade –, a fim de mensurar e identificar os principais determinantes das probabilidades de desemprego dos jovens. Após as regressões, foram calculadas as probabilidades previstas médias de desemprego, com base na regressão não-condicional, para as três faixas etárias dos jovens. Os principais resultados da regressão não-condicional, mostram que os jovens-jovens e os jovens-adultos possuem maiores probabilidades de estarem desempregados do que os trabalhadores com mais de 30 anos de idade. E, em todas as regressões, os não brancos apresentaram maior possibilidade de estarem desempregados em relação aos brancos. Foram encontradas evidências de discriminação no mercado de trabalho contra as jovens e os não brancos. Foi possível perceber que a relação entre anos de estudo e desemprego apresentou o formato de “U-invertido”, ou seja, a probabilidade de desemprego aumenta até determinado nível de escolaridade e a partir deste começa a decrescer. Além disso, verificou-se que a probabilidade de desemprego é menor para os jovens que possuem mais experiência no mercado de trabalho. Tal constatação sinaliza que a experiência teve maior peso no momento de uma possível contratação do que os anos de estudo dos jovens trabalhadores brasileiros, no período analisado.