Emprego e salários de trabalhadores formais e informais no Brasil por nível de escolaridade : uma análise de decomposiçao estrutural para o período 1990-2008
Marcela Vieira Rodrigues da Cunha, Rossana Lott Rodrigues
Data da defesa: 12/03/2012
Este estudo buscou identificar as causas das variações do emprego e dos salários de trabalhadores formais e informais brasileiros, por nível de escolaridade, no período 1990- 2008, por meio da análise de decomposição estrutural da variação do emprego e dos salários em efeito intensidade, efeito tecnologia, efeito estrutura da demanda final e efeito variação da demanda final. Para isto, foram utilizadas as matrizes de insumo-produto e as PNADs para os anos em tela. Os resultados encontrados mostraram aumento da informalidade no período logo após a intensificação da abertura comercial, assim como sua posterior reversão no período recente. Houve alteração no perfil da demanda por mão de obra, com viés para a qualificação, justificada, principalmente, pela redução no uso do fator trabalho pouco qualificado e aumento no uso do trabalho qualificado, dada pela relação emprego/produção. A decomposição estrutural dos salários permitiu verificar a baixa remuneração dos trabalhadores inseridos no segmento informal e o prêmio salarial por qualificação. O crescimento econômico se mostrou o principal fator para a geração de empregos e ampliação da massa salarial no período.
Desigualdade de rendimentos do trabalho no Paraná no período 2002a 2009 : uma análise quantílica para o quartil 0,25º e o percentil 0,90º da distribuição de rendimentos
Clécia Ivânia Rosa Satel, Maria de Fátima Sales Westeren
Data da defesa: 15/12/2011
Este estudo tem por objetivo analisar a evolução das desigualdades de rendimento entre os indivíduos localizados no quartil 0,25° e percentil 0,90° da distribuição de rendimento, no mercado de trabalho paranaense, no período de 2002 a 2009. Para lograr com êxito a proposta deste trabalho, utiliza-se como base de dados os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o modelo econométrico de regressão quantílica. Os resultados mostram que o mercado de trabalho paranaense é marcado pela discriminação em relação a gênero e cor da pele, ou seja, o retorno da educação para mulheres e pessoas não brancas foi bem menor do que para homens e pessoas brancas. Constatou-se que, no período em análise, indivíduos que entraram no mercado de trabalho com idade inferior a 14 anos fazem parte dos quantis inferiores da distribuição de rendimentos. É possível verificar a influência positiva da qualificação nos rendimentos, do mesmo modo, o retorno da escolaridade foi maior para as pessoas que fazem parte dos quantis mais elevados da distribuição. Além disso, observou-se aumento na desigualdade de rendimento entre o quartil 0,25° e o percentil 0,90° no Paraná.