O emprego brasileiro por nível de qualificação da mão-de-obra, de 2000 a 2005 : uma análise sobre os efeitos do consumo, do comércio internacional e da mudança tecnológica
Juliana Marís Dias, Katy Maia
Data da defesa: 20/12/2010
O presente estudo investiga os efeitos do comércio internacional, do consumo e da mudança tecnológica na geração de emprego para o Brasil de forma geral e setorial, por nível de qualificação da força de trabalho, de 2000 a 2005. Para tanto, utiliza a metodologia desenvolvida por Maia (2001) e os dados das Matrizes de Insumo-Produto de 2000 e 2005, bem como os dados sobre escolaridade provenientes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio de 1999 e 2001 como proxy para o ano 2000, e 2005. Considerou-se como mão-de-obra menos qualificada aquela com até oito anos de estudo, semi qualificada com de nove a onze anos de estudo e qualificada com mais de onze anos de escolaridade. Os principais resultados obtidos são: i) demanda por maior qualificação da mão-de-obra, dado o favorecimento do trabalho semi qualificado e qualificado; ii) validade do teorema H-O para o comércio internacional e da hipótese SET para a mudança tecnológica; iii) substitutibilidade entre tecnologia e trabalho menos qualificado; iv) perfil agroexportador brasileiro intensivo em mão-de-obra com pouca qualificação; v) geração de emprego industrial em virtude da mudança tecnológica; e vi) melhora qualitativa do setor terciário da economia.
Emprego e salários de trabalhadores formais e informais no Brasil por nível de escolaridade : uma análise de decomposiçao estrutural para o período 1990-2008
Marcela Vieira Rodrigues da Cunha, Rossana Lott Rodrigues
Data da defesa: 12/03/2012
Este estudo buscou identificar as causas das variações do emprego e dos salários de trabalhadores formais e informais brasileiros, por nível de escolaridade, no período 1990- 2008, por meio da análise de decomposição estrutural da variação do emprego e dos salários em efeito intensidade, efeito tecnologia, efeito estrutura da demanda final e efeito variação da demanda final. Para isto, foram utilizadas as matrizes de insumo-produto e as PNADs para os anos em tela. Os resultados encontrados mostraram aumento da informalidade no período logo após a intensificação da abertura comercial, assim como sua posterior reversão no período recente. Houve alteração no perfil da demanda por mão de obra, com viés para a qualificação, justificada, principalmente, pela redução no uso do fator trabalho pouco qualificado e aumento no uso do trabalho qualificado, dada pela relação emprego/produção. A decomposição estrutural dos salários permitiu verificar a baixa remuneração dos trabalhadores inseridos no segmento informal e o prêmio salarial por qualificação. O crescimento econômico se mostrou o principal fator para a geração de empregos e ampliação da massa salarial no período.