Identificação de setores-chave para o desenvolvimento do município de Londrina
Renato Rugene de Carvalho, Umberto Antônio Sesso Filho
Data da defesa: 02/07/2019
Esta pesquisa tem como objetivo identificar os setores-chave da economia de Londrina (PR) em 2017. Para tanto, foi utilizada a matriz de insumo-produto (MIP), com dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). Os resultados mostram oito setores-chave e três motrizes, sendo os maiores índices de ligações intersetoriais de Rasmussem-Hirschman para trás são: produtores de borracha e plástico; produtos químicos; telecomunicações; armazenamento; atividades auxiliares dos transportes e correio; transporte terrestre e; atividades de televisão rádio, cinema e gravação/edição. Já os maiores índices de ligações intersetoriais de Rasmussem-Hirschman para frente são comércio por atacado e a varejo exceto veículos automotores; transporte terrestre; intermediação financeira, seguros e previdência complementar; produtos químicos; armazenamento, atividades auxiliares dos transportes e correio; atividades de televisão, rádio, cinema e gravação/edição de som e imagem; produtos de borracha e plástico, e telecomunicações. Os setores líderes no multiplicador de produção são: indústria automobilística e peças; indústria alimentar; produtos de madeira; celulose, papel e produtos de papel e; produtos de minerais não-metálicos.
Estimativa da matriz de insumo-produto inter-regional de Porto Alegre – Rio Grande do Sul – Brasil para o ano de 2008
Karla Cristina Tyskowski Teodoro Rodrigues, Umberto Antônio Sesso Filho
Data da defesa: 29/01/2016
O objetivo deste estudo é estimar a estrutura produtiva do município de Porto Alegre, para o ano de 2008. Essa análise visa estimar a matriz inter-regional de Porto Alegre – Rio Grande do Sul – Brasil. A justificativa para o estudo se apresenta pela importância econômica do município no cenário gaúcho – apesar de ser o município de maior PIB no estado, a sua participação em relação à produção total de bens e serviços vem caindo ano após ano. A metodologia utilizada é pautada em quatro pontos básicos: a teoria de Leontief (1988), a estimativa da matriz nacional de Guilhoto e Sesso Filho (2005a), o modelo de Isard (1951) e o vetor de produção utilizado em Brene (2014) para calcular o quociente locacional. A estrutura produtiva do município em 2008 exibiu um alto grau de transbordamento na produção dos setores da agricultura, máquinas e equipamentos, indústria química e farmacêutica, têxtil, vestuário, calçados, produtos alimentícios, indústrias diversas. Em relação às vantagens locais, os setores de serviços possuíram maior destaque. Os destaques foram: administração pública, serviços privados, comércio, transporte e construção; os quais também apresentaram os menores índices de transbordamento dos 18 setores, bem como os maiores indicadores de tamanho. No caso dos setores-chave, tanto para o índice de Rasmussen-Hirschman quanto para o índice puro normalizado (GHS), os setores de comércio e de serviços privados destacaram-se como setores-chave da economia. Em relação ao campo de influência, os setores da indústria química e farmacêutica, produtos alimentícios e serviços privados tiveram forte interação de vendas com todos os 18 setores do sistema de Porto Alegre. No caso dos setores compradores, há os de produtos alimentícios e serviços privados, setores com a maior quantidade de ligações.
Análise das estruturas produtivas dos municípios de Londrina-PR e Joinville-SC, para os anos de 2003 e 2009
Cleverson Neves, Umberto Antônio Sesso Filho
Data da defesa: 06/02/2015
O objetivo do estudo consiste em estimar e analisar as estruturas produtivas dos municípios de Londrina-PR e Joinville-SC, para os anos de 2003 e 2009, bem como, os efeitos diretos, indiretos e transbordamento sobre a Produção, Emprego e Rendimentos, calculados a partir das MIP´s Inter-regionais e Municipais. Utiliza-se como base ponderativa a estrutura produtiva de Joinville, que possui características dinamizadas, encadeadas e voltadas para setores industriais que geram maiores valores ao produto final e maiores rendimentos locais, considerando ainda que o município tem números populacionais semelhantes à Londrina, porém com indicadores econômicos mais pujantes. Para tal, aplica-se o método proposto por Guilhoto e Sesso Filho (2005), que estima MIP do Brasil para 2009, e a partir da metodologia proposta por Brene (2013), estima-se a MIP para municípios, utilizando os dados coletados da MTE/RAIS. Nota-se em ambos os anos que os maiores multiplicadores de produção encontrados em Londrina convergem nos setores (11) Indústria de alimentos, (10) Vestuário e Calçados, (9) Indústria Têxtil, (4) Máquinas e Equipamentos e (7) Borracha e Plástico, logo para Joinville em setores como (4) Máquinas e Equipamentos, (10) Vestuário e Calçados, (9) Indústria Têxtil, (3) Siderurgia e Metalurgia e (12) Indústrias Diversas. Em 2009, observa-se que a estrutura produtiva de Londrina tem um alto grau de transbordamento na produção dos setores (4) Máquinas e Equipamentos, (8) Indústria Química e Farmacêutica, (7) Borracha e Plástico e (13) S.I.U.P, e também altos transbordamentos nos rendimentos dos setores (12) Industriais diversas e (7) Borracha e Plástico, pois caso esses setores fossem como os que foram observados no município de Joinville, ou seja, mais encadeados e tivessem menores elos ao longo da cadeia produtiva, criar-se-ão condições favoráveis à possibilidade de auferir melhoras nos indicadores econômicos de Londrina.