Decomposição estrutural das variações de emissões de gases do efeito estufa (GEE) a partir da matriz de insumo-produto mundial (1995 – 2009)
Fabiano Prado Pedroso, Irene Domenes Zapparoli
Data da defesa: 23/02/2016
As emissões dos Gases do Efeito Estufa (GEE) despertam preocupações e fomentam políticas de controle de poluições. Atualmente os estudos, sobre a decomposição estrutural da Matriz Insumo-Produto (MIP), são utilizados para identificar às relações econômicas mundiais, as quais são desdobradas em efeitos internos e externos. Assim o objetivo geral é analisar e identificar as variações de emissões dos GEE sobre os quatro efeitos da decomposição estrutural da MIP mundial: intensidade, tecnologia, estrutura e variação da demanda, no período de 1995 - 2009. Para atingir o objetivo a metodologia está embasada em decompor a estrutura das variações de GEE. A MIP foi carregada com dados de emissões mundiais, dispostos no World Input Output Database (WIOD), orientada por filtro em gases e países. Na análise dos gases o monóxido de carbono foi o que obteve maior variação de emissão chegando a aumentar em 185 milhões de toneladas e o metano teve participação significativa, com 96 milhões de toneladas, nas emissões para a atmosfera no efeito variação da demanda. O efeito estrutura comportou-se de forma análoga à variação quando, conjuntamente, aumentaram de forma significativa as emissões. O efeito intensidade reduziu para o mundo nos oito gases analisados.Já o efeito tecnologia reduziu as emissões nos gases metano, óxido de nitrogênio e amônia e comportou-se entre os países de forma heterogênea. É importante ressaltar que o dióxido de carbono é o líder em volume, devido a unidade de medida ser em kilotonnes. Já na análise dos países identificou-se as seguintes emissões: a Indonésia aumentou em 78% as emissões em CO2, dobrou suas variações em SOx e variou em 97% as emissões em Nox, mostrou-se como o país que foi líder em variações em três gases. No CH4, a Turquia aumentou as emissões em 95%. A Lituânia chegou a acrescentar em 63% suas emissões em N2O. A Índia foi líder no gás CO, dobrando suas emissões. A Coréia variou em 41% as emissões NMVOC. Malta acrescentou 72% de variação na emissão do gás NH3. A pesquisa permite concluir que são ambiciosas as metas definidas pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas quanto à redução de emissões dos GEE pelo mundo, pois existem nações que ficam abaixo que outras no cumprimento das normas discutidas primeiramente em 1997 e, por último em, 2005.A sugestão para nova pesquisa fica por conta da projeção desta análise baseando-se na perspectiva de crescimento econômico para 2020.
Análise econômica da decomposição estrutural das variações das emissões atmosféricas no G-7 e BRIC
Almir Bruno Jacinto Tavares, Irene Domenes Zapparoli
Data da defesa: 15/12/2017
O presente trabalho tem como objetivo estimar a geração de poluição atmosférica, nos anos de 2000 a 2009, no grupo dos sete (G-7) composto por: Estados Unidos, Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão e Reino Unido; e nos países signatários do BRIC: Brasil, Rússia, Índia e China. A metodologia da matriz insumo-produto aplicada utiliza a base de dados do World Input-Output Database (WIOD), que permite calcular os coeficientes de geração de emissões dos gases do efeito estufa (GEE) de acordo com os 34 setores elencados a partir da matriz insumo-produto mundial. O estudo abrange a decomposição estrutural das variações nas emissões atmosféricas dos GEE nestes países. Nos resultados constatou-se que nos efeitos intensidade e tecnologia os países do BRIC tiveram maiores acréscimos percentuais que os países do G-7. As observações do BRIC não podem ser unicamente relacionadas ao crescimento econômico, até porque neste período alguns países apresentaram baixo crescimento econômico, como o Brasil. Os recursos naturais em abundância presente nos países do BRIC e seu uso a partir de pouco controle institucional presume a piora dos resultados referente ao GEE em sua estrutura produtiva. No controle de emissões os resultados foram médios para EUA e Canadá e crescimento das emissões no Reino Unido, Alemanha e França. Já nos países do BRIC os piores resultados são da China e os melhores do Brasil, especialmente por possuir uma matriz energética composta por fontes de recursos naturais renováveis.