Impactos econômicos de curto prazo da Universidade Estadual de Maringá: campus sede no ano de 2006
Ana Maria Machado Caravieri, Umberto Antônio Sesso Filho
Data da defesa: 27/02/2015
O objetivo deste estudo é analisar o impacto econômico de curto prazo da Universidade Estadual de Maringá (Campus Sede) e seus efeitos locais e inter-regionais no ano de 2006. A partir da análise de insumo-produto foram calculados os multiplicadores de produção, emprego e rendimentos, geração de emprego e rendimentos e seus transbordamentos, bem como os índices de ligação para trás e para frente, para os vintes setores agregados, com foco principal no setor de Educação Pública. E, por fim, foi calculado o impacto causado nos setores da economia de Maringá, restante do Paraná e Brasil devido a presença da UEM (Campus Sede) nesse município. Como resultado foi observado que o setor 19- Educação Pública está entre os cinco setores com maior número de pessoas ocupadas na economia do município de Maringá, bem como a maior remuneração média mensal. Quanto aos indicadores econômicos, o setor 19- Educação Pública ficou em último lugar no ranking do multiplicador de produção, em relação ao gerador de emprego, foi de 8 empregos total na economia para o aumento de um milhão de reais na demanda final, sendo 6 em Maringá, 1 no restante do Paraná e 1 no Brasil. No quesito gerador de remunerações foi o quinto maior desta economia, com impactos em efeitos locais. A partir da aplicação do orçamente da UEM (Campus Sede) nos indicadores econômicos, os setores que mais se destacaram nessa economia dado a existência da UEM em Maringá são eles, 17- Serviços, 12- Construção Civil e 13- Comercio. Ao considerar os impactos inter-regionais observou-se que foram maiores no restante do Brasil do que em relação ao restante do Paraná, na produção, emprego e rendimentos. O estudo quantificou os benefícios econômicos que a universidade pública da UEM (Campus Sede) gerou em Maringá e com seus efeitos inter-regionais. Permitiu concluir que além dos benefícios sociais, geração conhecimentos e formação de profissionais, a mesma impacta no cenário econômico gerando rendimentos, emprego e produção.
Comparação de eficiência das instituições de ensino superior públicas e privadas no desempenho acadêmico dos alunos concluintes em ciências sociais aplicadas : 2012 e 2015
Felipe César Marques, Márcia Regina Gabardo da Camara
Data da defesa: 05/02/2018
O objetivo do estudo é avaliar o desempenho das Instituições de Ensino Superior (IES) públicas e privadas em relação à sua capacidade de agregar conhecimento acadêmico aos alunos concluintes em ciências sociais aplicadas, nos cursos de administração, ciências contábeis, direito e ciências econômicas, com base nas notas do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) nos anos de 2012 e 2015. Para tanto, o trabalho divide-se em duas etapas; na primeira parte, aplica-se a técnica de Mínimos Quadrados Ordinários para o controle dos fatores pessoais e sociais, cognitivos e demográficos dos alunos. Na segunda etapa utiliza-se a decomposição da Análise Envoltória de Dados em dois componentes: um relativo ao desempenho do aluno, e outro relacionado à eficiência das IES; avalia-se também, por meio do índice de Malmquist adaptado, as mudanças de produtividade ocorridas entre 2012 e 2015 para o conjunto dos estabelecimentos públicos e privados. Os resultados da regressão linear apontam como fatores pessoais positivos no desempenho acadêmico dos discentes: o conhecimento prévio do aluno, renda familiar, ensino médio em escola privada, rotina de estudos, e a política de cotas. Entre as variáveis de influência negativa estão: a região da IES, a idade do aluno, gênero feminino, condições de moradia, etnia, e trabalho. A análise de eficiência resulta em desempenho superior das IES públicas, tanto sob o ponto de vista dos alunos quanto das instituições. Ainda assim, IES privadas apresentam potencial para a redução das disparidades. Na maior parte dos casos, observa-se também aumento de produtividade entre os anos avaliados, para ambas instituições públicas e privadas.