Relação entre renda e emissão de dióxido de carbono
Fernando Artico Bigarani, Irene Domenes Zapparoli
Data da defesa: 27/01/2015
O objetivo deste trabalho é verificar a existência de relação per capita entre emissão de dióxido de carbono e o crescimento da renda e também averiguar o formato da curva de Kuznets Ambiental (CKA). A metodologia utilizada consiste na análise exploratória de dados espaciais para os anos de 1994 e 2009 usando programa Geoda e também utilizando o mesmo programa para regressão através do modelo clássico e do modelo do erro autorregressivo espacial. Por meio de mapas e do Índice de Moran busca-se observar a existência de autocorrelação espacial, per capita, entre a emissão de gás carbônico e Produto Interno Bruto dos países da Europa e da África, identificando a existência de clusters espaciais, já as regressões tem por finalidade averiguar o formato da CKA. A análise dos resultados apresentou autocorrelação espacial significativa entre as variáveis estudadas e permitiu a identificação de clusters espaciais na Europa e na África. Os resultados da regressão foram significativos para indicar uma possível existência da CKA no formato de U invertido no curto prazo e no longo prazo assumindo um formato de N. A conclusão confirma que da Curva de Kuznets Ambiental assumiu um formato de U invertido no curto prazo e no longo prazo um formato de N e também identifica que o protocolo de Kyoto foi capaz de promover alterações nos clusters univariados analisados. A sugestão de novas pesquisas fica no sentido de explorar mais a literatura existente da CKA de longo prazo e incluir no modelo de regressão o protocolo de Kyoto.
Estrutura produtiva dos países do BRIC e seus impactos nas emissões de CO2 : uma análise insumo-produto
Adriano Martins de Souza, Irene Domenes Zapparoli
Data da defesa: 01/08/2014
Estudos recentes indicam que o conjunto dos países emergentes, ou seja, o BRIC (formado por Brasil, Rússia, Índia e China), poderá se tornar, dentro de algumas décadas, a principal força na economia global. Porém, junto com o crescente poder econômico vem aumentando também o impacto negativo desses países sobre o meio ambiente, sobretudo referente às emissões de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é identificar quais são os principais setores causadores de poluição dos países do BRIC, no ano de 2009, relacionando a estrutura produtiva desses países com as suas respectivas emissões de CO2. Para tanto, utilizou-se como metodologia a matriz insumo-produto, sendo que a base de dados foi extraída do World Input-Output Database - WIOD. Os resultados mostraram que, no caso do Brasil, as atividades que envolvem os setores de transporte foram as que apresentaram a maior participação nas emissões, sendo estes os setores mais poluentes. No caso dos outros três países analisados, China, Índia e Rússia, o setor de Eletricidade, Gás e Água foi classificado como o setor mais poluente, pois apresentou a maior participação nas emissões no período analisado. Outros resultados importantes indicam que grande parte das emissões do Brasil provenientes do aumento da sua produção, é transbordada para outros países, sendo este um indicativo da dependência brasileira de insumos importados. Já a maior parte das emissões de CO2 dos demais países do BRIC acaba ficando em seus próprios territórios, confirmando assim que embora esses países tenham um grande potencial de crescimento possuem em contrapartida uma ampla capacidade em gerar poluição.
Dióxido de carbono equivalente incorporado no comércio internacional
Raoni Felipe de Almeida André, Irene Domenes Zapparoli
Data da defesa: 20/02/2019
O objetivo consiste em estimar os efeitos da estrutura produtiva dos países sobre o comércio internacional em emissão de dióxido de carbono equivalente (CO2eq). Para isso foi utilizado a matriz Insumo-Produto ampliada para coeficientes ambientais, agregando-a em 36 países para o ano de 2012. Os valores da produção interregional da matriz foram extraídas do World Input-Output Database (WIOD) e a quantidade de emissão de CO2eq da Organistion For Economic Co-operation and Development (OECD.stat). EUA, China, Japão, Alemanha e França representam 52% da produção mundial e soma-se a eles a Rússia e o Brasil, juntos emitem mais de 76% do CO2eq mundial. A Rússia e a China destacaram-se por serem os países com maior volume de emissão por unidade monetária, com respectivamente 1,39 e 1,25 mil toneladas de CO2eq por um milhão de dólares, e pela quantidade de emissões atmosféricas exportadas, em torno de 805 e 497 toneladas, além disso, também são os principais no encadeamento de insumos intensivos em poluentes, demandando 3,2 e 2,9 e ofertando 4,9 e 3,9 vezes a mais que a média.