O desemprego no Brasil de 2012 a 2017 : uma abordagem estrutural
Geissiele Gonçalves Pereira, Katy Maia
Data da defesa: 27/04/2018
Esta dissertação tem como objetivo analisar a estrutura do desemprego no Brasil de 2012 a 2016/2017. Especificamente, busca-se examinar os indicadores do mercado de trabalho segundo as características dos trabalhadores desempregados, tais como: anos de estudo, faixa etária, gênero, posição na família e regiões brasileiras em que residem; bem como mensurar o excesso proporcional de desemprego dos grupos selecionados em relação ao seu nível médio mínimo, ou seja, o índice mismatch. Para tanto, utiliza-se a PNADC, do IBGE, com periodicidade trimestral, de 2012 até o primeiro trimestre de 2017. Os procedimentos metodológicos adotados consistiram em estimar a equação dos determinantes da composição do desemprego, segundo Corseuil, Reis e Urani (1996). Em adição, calculou-se os índices mismatch, para cada uma das características selecionadas de acordo com Layard, Nickell e Jackman (2009) e Wood (1995). Os principais resultados indicaram que, nos anos de 2012 a 2016/2017, houve aumento das taxas de desemprego em todos os grupos selecionados. No entanto, os trabalhadores mais atingidos pelo desemprego foram aqueles com ensino médio incompleto; os jovens; as mulheres; os filhos e os trabalhadores do Nordeste. Além disso, verificou-se considerável discrepância nas taxas de desemprego destes grupos em relação às dos demais. Desse modo, confirmou-se que houve intensificação do desemprego estrutural no Brasil, no período investigado.