Análise dos determinantes de eficiência dos gastos públicos em saúde : uma abordagem entre países por grupo de renda
Daniel Guilherme Alves Bento, Sidnei Pereira do Nascimento
Data da defesa: 11/10/2019
Os dispêndios públicos com saúde, além de apresentarem constante aumento, possuem níveis de eficiência heterogêneas entre os países. Este trabalho, visa agregar delineamentos à tomada de decisão em políticas públicas de saúde, específicas a cada grupo de renda dos países. Para tanto, utilizou-se dados de 151 países, divididos em 4 grupos de renda, a partir da tradicional abordagem em dois estágios: estágio 1) estimou-se índices de eficiência e estágio 2) como fatores não discricionários os influenciam. Análise por Envoltória de Dados (DEA) e o Índice de Qualidade dos Gastos Públicos (IQGP) foram aplicados ao primeiro estágio, Análise de Painel Tobit e o algoritmo 1 de Simar e Wilson (2007) foram aplicados no segundo estágio. A utilização de duas metodologias para cada estágio, visou trazer melhor robustez ao trabalho. Os resultados apontam os escores do IQGP classificam mais unidades como eficientes relativamente ao DEA e que não comportam uma posterior regressão, mesmo a Tobit e Fracionada. Houve consideráveis diferenças entre os 4 estratos do estudo. Países de baixa renda, apresentaram influência positiva e estatisticamente significativa em seus índices de eficiência, para as variáveis ambientais PIB per capita, escolaridade e controle de corrupção. Enquanto a poluição, medida pelos níveis de emissão de CO2, apresentou relação negativa com a eficiência. Entretanto, países alta renda demonstraram influência negativa do PIB per capita na eficiência dos gastos públicos em saúde, tanto no modelo em painel quanto no transversal.